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A história da Jangada

Passeio de Jangada em Porto de Galinhas

Como a jangada evoluiu e se tornou o passeio mais amado de

Porto e Galinhas e do Nordeste brasileiro

A história da Jangada

Segundo estudos arqueológicos, as primeiras embarcações construídas na história da humanidade se situam na Idade da Pedra, no período Mesolítico em meados de  8.200 a 7000 a.c, eram as canoas de tronco. Os barcos tiveram função importante no comércio, agricultura, pesca e transporte pelos mares a pequenas distâncias. Logo numa próxima fase no período Neolítico (4.000 a.c), surgem as embarcações a vela, e aí sim a época das grandes embarcações, que dão início então as expedições, viagens marítimas com extremo valor comercial pelas encostas dos continentes asiático e africano. Com a colonização do Brasil pelos portugueses, as terras brasileiras abrigam pessoas e culturas diferentes, principalmente com a chegada dos escravos. Nesse meio, recebemos também, a influência dos pescadores vindos do Oceano Indico das costas de Moçambique, que usavam jangadas, diferentes hoje das atuais, mas eram jangadas, embarcações feitas de troncos, com cordoamentos silvestres.

A forma da jangada incorpora uma série de interessantes avanços da ciência artesanal neolítica - que realizava experimentos diretos, nos materiais e a partir dos fenômenos presenciados, em "projetos de pesquisa" totalmente guardados na memória dos artesãos.

Sua tecnologia de construção consiste no emprego hábil de materiais como madeiras de flutuação (como a balsa paraense, e outras espécies de difícil obtenção na atualidade), tecidos e cordas artesanais. A jangada tradicional não possui elementos em metal (como pregos, braçadeiras, etc); toda a sua estrutura é totalmente fixada por encaixes e amarrações com cordas de fibras selvagens.

Todos os elementos da jangada tradicional são feitos artesanalmente, desde o mastro à vela, das cordas ao banco de navegação, redes de pesca, anzóis, âncora e samburás (cestos para guardar peixes e pertences).

Foi já no século XX, em meados da década de 70, que começam a melhorar e aprimorar a construção dessas embarcações que tinham sido taxadas como típicas do Nordeste brasileiro, que até hoje curiosamente é a única região que as possui.


O surgimento da jangada no Nordeste Brasileiro

Foi na Índia que os portugueses viram pela primeira vez uma pequena embarcação chamadas de jang. Eram três ou quatro toras de madeira amarrados com cordas de fibras vegetais. Os portugueses descreveram essa embarcação com jangá, changgh ou ainda xanga. Jangada (ou Chabgadam) era seu aumentativo, ou seja, uma janga grande, construída com cinco ou seis toras.

Nos idos de 1500, quando os portugueses chegaram ao Brasil, se depararam com embarcações muito parecidas com as jangadas que os indígenas chamavam de piperi ou igapeba, então começaram a chamar a piperi de jangada, que era o nome já conhecido por eles e registrado em livros da época. As piperis dos indígenas brasileiros eram feitas de cinco ou seis toras bem amarradas com cipós. O remo era chamado de jacumã.

O mais interessante é que a figura da Jangada é tão importante no cenário nordestino que virou parte essencial da rota turística da região. Em outras palavras, quem visita o Nordeste brasileiro e principalmente Porto de Galinhas e não faz um passeio de Jangada, deixou passar uma oportunidade única de desfrutar do prazer dessa navegação.

E é por isso que hoje a jangada é mais do que uma embarcação de pesca artesanal, e sim é uma embarcação de passeio, usada em todo o litoral Nordestino, oferecendo experiências únicas e inesquecíveis em forma de passeios nas piscinais naturais de Porto de Galinhas.

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